Resenha: O Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie

 


Introdução

Publicado pela primeira vez em 1934, O Assassinato no Expresso do Oriente é mais do que um simples romance policial. É um verdadeiro quebra-cabeça literário, onde cada peça parece estar no lugar — até que o leitor descobre que nada é exatamente o que parece.

Com sua escrita precisa e afiada, Agatha Christie entrega um enigma brilhante e engenhosamente construído, que desafia o leitor a pensar como o lendário detetive Hercule Poirot, o cérebro por trás da resolução desse mistério envolvente.

Se você gosta de histórias de crime com ambientação sofisticada, múltiplos suspeitos e um final inesperado que redefine tudo o que foi lido, esta obra é leitura obrigatória.

Enredo (sem spoilers)

Durante o inverno, o renomado detetive belga Hercule Poirot embarca no luxuoso Expresso do Oriente, partindo de Istambul rumo a Calais. O trem, conhecido por sua elegância e exclusividade, está curiosamente lotado nesta viagem.

No meio da noite, o trem fica preso em uma tempestade de neve nos Balcãs. Pela manhã, um dos passageiros — um americano chamado Samuel Ratchett — é encontrado morto em sua cabine, apunhalado múltiplas vezes.

O assassino está, sem dúvidas, entre os passageiros, já que ninguém pôde sair do trem. Com isso, Poirot é chamado para investigar o crime ali mesmo, com todos os suspeitos confinados a vagões estreitos e gelados, criando um ambiente de tensão constante.

A cada entrevista, Poirot recolhe pistas, descobre mentiras e desmascara identidades ocultas. Mas resolver este crime exigirá mais do que lógica: será necessário compreender o motivo profundo que une todos os passageiros a um passado comum... e trágico.

Por que este livro é tão admirado?

🔍 Um dos maiores mistérios da literatura policial

A estrutura clássica do “crime em espaço fechado” é usada aqui de forma primorosa. Com um número limitado de suspeitos e um cenário isolado, Christie desafia o leitor a montar o quebra-cabeça junto com Poirot.

Cada detalhe importa, e a cada novo depoimento, as peças parecem mudar de lugar. E quando a verdade vem à tona… ela é tão surpreendente quanto satisfatória.

🧠 Hercule Poirot em sua melhor forma

O famoso detetive belga, com seu bigode impecável e suas "células cinzentas" afiadas, brilha neste romance. Seu método é minucioso, baseado em psicologia, observação e lógica.

Poirot não busca apenas quem cometeu o crime, mas por quê. E isso torna a resolução ainda mais impactante — porque não é apenas sobre justiça, é sobre moralidade, redenção e dor.

🚂 Ambiente fechado e atmosfera densa

O cenário do trem preso na neve é essencial para a atmosfera do livro. Ele cria uma sensação de claustrofobia, urgência e tensão, que cresce a cada página. O leitor sente-se dentro do vagão, observando cada gesto dos passageiros.

Cada personagem tem um papel bem definido, com comportamentos que ora ajudam, ora confundem. E, como sempre com Christie, ninguém é exatamente o que parece ser.

Temas e reflexões

  • Justiça versus vingança
  • Identidade e máscaras sociais
  • Memória coletiva e trauma do passado
  • A moralidade da punição fora da lei

Esses temas surgem à medida que Poirot desvenda o mistério — e fazem o leitor refletir: o que você faria no lugar dos envolvidos?

Lições que ficam

  • A verdade, por mais oculta, sempre encontra uma forma de emergir.
  • Nem todo crime é cometido por crueldade — alguns são respostas a grandes tragédias.
  • Julgar um caso vai além de descobrir o culpado — envolve entender motivações humanas complexas.
  • Em uma sala cheia de suspeitos, às vezes, a resposta mais impossível é a verdadeira.

Conclusão: Um clássico eterno do suspense

O Assassinato no Expresso do Oriente é um exemplo de perfeição narrativa dentro do gênero policial. Com personagens marcantes, reviravoltas bem construídas e uma conclusão brilhante, Agatha Christie oferece ao leitor não apenas uma resolução de crime, mas um questionamento moral que ecoa mesmo após a última página.

É um livro que se lê com prazer, admiração e surpresa. E mesmo que você já conheça o final (o que é provável, dada sua fama), vale a pena ler — porque a genialidade está em como a história é contada e construída.

📌 Recomendado para quem:

  • Ama romances policiais clássicos com soluções inteligentes
  • Gosta de histórias com ambientes fechados e múltiplos suspeitos
  • Quer começar a ler Agatha Christie por uma de suas melhores obras
  • Aprecia tramas que exploram moralidade e justiça de forma sutil e provocativa



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